Mulheres rurais da Bahia ganham projeto de inclusão social e produtiva
Trabalhadoras rurais, quilombolas, indígenas, entre outros segmentos de mulheres, serão beneficiados com o Projeto Margaridas, voltado exclusivamente à inclusão social e produtiva do público feminino da Bahia. A iniciativa foi lançada nesta quarta-feira (15), em Salvador, com a presença de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM) e órgãos parceiros.
Com previsão de contemplar mais de 21 mil mulheres nos 27 territórios de identidade, o projeto contará com recursos na ordem de R$ 3,6 milhões, oriundos do governo federal e contrapartida do Estado. Durante o evento, a secretária Lúcia Barbosa assinou termos de cooperação com demais órgãos estaduais para execução das ações.
As ações incluem um grande número de benefícios, a exemplo de emissão de documentos das trabalhadoras do campo, acesso ao crédito e assistência técnica rural, capacitação, apoio à formalização de grupos produtivos e palestras sobre prevenção à violência.
Autonomia - Lúcia Barbosa classificou o projeto como uma política pública importante para a qualidade de vida das beneficiárias. “Historicamente, no meio rural, as mulheres são as mais afetadas pela extrema pobreza. O projeto será um importante instrumento da autonomia das trabalhadoras e enfrentamento às desigualdades”.
Para a diretora de Políticas para Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Andrea Butto, a forma democrática de construção do projeto é um diferencial importante. “A pluralidade é fundamental pela organização social que existe no estado”.
Lembrando a história da sindicalista rural Margarida Alves, que inspirou o nome do projeto, diversos grupos organizados do interior comemoraram a anúncio das ações. “É um momento ímpar para os movimentos de mulheres da Bahia”, afirmou a integrante do Movimento de Mulheres Camponesas de Caetité, a